Em 'Streets Made Me A King', Future, com Metro Boomin, investiga as duras realidades de sua educação e o ambiente hostil que o moldou. A música é uma narrativa crua e sem filtros da vida na zona das drogas, onde a sobrevivência muitas vezes significa envolvimento em atividades ilegais. As letras de Future pintam um quadro vívido das lutas e triunfos que advêm de viver em um mundo assim. Ele fala sobre o tráfico de drogas, a presença constante do perigo e o custo emocional que isso acarreta, como evidenciado por versos como 'Foda-se a Constituição, vadia, cresci na zona das drogas' e 'Toda essa prostituição, ho, você conhece um o amor negro desapareceu.' Estas linhas destacam a ilegalidade e a decadência moral que permeiam o seu ambiente, deixando claro que a confiança e o amor são bens escassos.
O refrão, 'A rua me tornou um rei', serve como uma declaração poderosa de como essas experiências não apenas o fortaleceram, mas também o elevaram a uma posição de poder e respeito. Future justapõe suas lutas passadas com seu sucesso atual, andando em carros de luxo e vivendo um estilo de vida milionário. Este contraste sublinha o tema da transformação e da resiliência. Apesar das probabilidades, ele conseguiu superar as circunstâncias, transformando a adversidade em força. A menção repetida de não confiar em 'dezenas' e de ter 'garotas brancas comigo, Avril Lavigne' enfatiza ainda mais sua natureza cautelosa e os relacionamentos superficiais que muitas vezes vêm com fama e fortuna.
A produção de Metro Boomin adiciona outra camada de profundidade à música, com suas batidas sombrias e taciturnas complementando perfeitamente a narrativa corajosa de Future. A colaboração entre os dois artistas cria uma narrativa convincente que é pessoal e universalmente compreensível para qualquer pessoa que tenha enfrentado desafios significativos. A canção é um testemunho da ideia de que as ruas, com todos os seus perigos e adversidades, também podem ser um cadinho que forja reis.