A história odeia amantes

A música 'History Hates Lovers' de Oublaire mergulha no tema do apagamento histórico e na negação de relacionamentos românticos que não se enquadram nos moldes convencionais. As letras abordam de forma pungente a forma como a sociedade e a história muitas vezes ignoraram ou obscureceram deliberadamente as histórias de amor de indivíduos, especialmente aqueles em relacionamentos LGBTQ+. O artista, Oublaire, utiliza um estilo narrativo para desafiar a higienização da história e a recusa em reconhecer a verdadeira natureza destas relações.

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O refrão, 'A história odeia amantes', é um refrão poderoso que encapsula a mensagem central da música. Sugere que o registo histórico tem sido cruel para com aqueles cujas histórias de amor não se alinham com as narrativas tradicionais. Os versículos fornecem exemplos vívidos de como o amor foi disfarçado ou erroneamente rotulado como amizade ou companheirismo para evitar escândalo ou condenação social. A canção critica os historiadores e a sociedade por se referirem a parceiros claramente românticos como 'amigos íntimos, melhores amigos, colegas de quarto, colegas' - tudo menos amantes. Esta escolha de linguagem reflecte um desconforto social mais amplo com o reconhecimento da existência e validade de diversas relações românticas ao longo da história.



A canção de Oublaire não é apenas uma crítica, mas também um apelo à ação. Incentiva os ouvintes a questionar as narrativas que lhes foram ensinadas e a procurar a verdade por trás das “cartas manuscritas” e das “alianças” que sugerem conexões mais profundas. A repetição de “Não é preciso ser um estudioso para saber como isso vai acontecer” e “Acho que eles descobriram” ressalta a ideia de que a verdade sobre essas relações é muitas vezes um segredo aberto, que requer uma disposição para ver além os preconceitos do passado. 'History Hates Lovers' é um lembrete da importância da inclusão e da honestidade na nossa compreensão da história e das histórias que escolhemos recordar e celebrar.