A canção de Miguel, 'Coffee', é uma exploração vívida de uma relação apaixonada e íntima, pintada com metáforas ricas e imagens evocativas. A letra descreve um amor intenso e terno, capturando momentos de conexão que vão desde brincadeiras divertidas até uma intimidade profunda e comovente. O tema recorrente do “café da manhã” simboliza o conforto e o calor de acordar ao lado de um ente querido, um prazer simples mas profundo que resume a essência do seu vínculo.
A narrativa da música passa por vários estágios do relacionamento, desde 'jogo de palavras' e 'jogo de armas' até 'conversa de travesseiro' e 'bons sonhos'. Estas transições destacam a natureza dinâmica da sua ligação, onde momentos de excitação e tensão fluem perfeitamente para períodos de calma e afeto. A menção de “arte de rua e sarcasmo”, “humor grosseiro e alta moda” e “drogas, sexo e polaroids” pinta o quadro de um relacionamento que é ao mesmo tempo tenso e profundamente pessoal, repleto de experiências compartilhadas e piadas particulares.
O uso de metáforas por Miguel como 'almas velhas encontrando uma nova religião' e 'nadando naquele pecado, o batismo' acrescenta uma camada de profundidade espiritual à canção, sugerindo que o seu amor é uma forma de salvação e renovação. A imagem de “céus cor de pêssego” e “dois anjos perdidos” enfatiza ainda mais a natureza etérea e transformadora de sua conexão. Em última análise, 'Coffee' é uma celebração do amor em todas as suas formas, do mundano ao sublime, capturando a beleza dos momentos partilhados e o conforto de ser verdadeiramente visto e compreendido por outra pessoa.